No idioma de redenção dos Rastas , a única salvação para o negro do Oeste é se repatriar a seu lar ancestral : Etiópia – África . Enquanto opiniões dentro do movimento divergem como precisamente a repatriação ocorrerá e sua natureza , espiritual ou física , Ras Tafari I reconhece que isso será iminente e sinalizará a total inversão da estrutura de poder vigente no mundo.
Ao contrario de outras formações culturais pan-africanas ; pôr exemplo, Santeira em Cuba, Vudu no Haiti, Candomblé no Brasil e Xangô em Trinidade, Ras Tafari I é um fenômeno do seculo XX sem antecedente cultural no Oeste ou herança da cultura central – africana.
Groudation
Os rituais Rastas mantêm uma continuidade na identidade africana e nas tradições associadas como pôr exemplo rituais de dança e tambores, praticas de cura e crença no poder mágico das palavras – “word, sound & Power” (“Palavra , Som & Poder).
Imagens da realeza Etíope, eventos e personagens do Velho Testamento, uma forma ritualística de se falar e o uso de longos cabelos, chamados de Dread Locks têm sido adotados e transformados nos símbolos e na tradição dos Rastas . No contexto da Diaspora, essa tradição é melhor entendida como uma resposta a ideologia da raça dominante.
Essa etnia se refere à auto – conscientização da cultura com o intuito de disseminar uma nova mensagem, juntamente com sua simbologia e religiosidade. O Etiopianismo anunciou uma nova fase dos rituais jamaicanos , onde os Rastas identificaram-se como “crianças”, tanto no sentido espiritual como genealógico, como que mantendo o parentesco com os antigos Israelitas , que seguiram Moisés através do Mar Vermelho séculos atrás.
As crônicas bíblicas do “Exílio” e do “Retorno a Terra Prometida” serviram como documento mítico para a prisão dos escravos no Novo Mundo , e de seu anseio pôr redenção fora da escravidão. O uso de velhos materiais para a criação de uma nova estrutura profética fez com que surgisse a imagem da Etiópia- Israel como sendo uma nação negra. Faz parte da tradição Rasta , pôr Exemplo , cantar e agradecer o “Sagrado Monte Sião”(HOLY MOUNT ZION) que é reconhecido pela fé como sendo o lar de Jah Ras Tafari I . Esse processo serviu para cristalizar a soberania e a legitimidade africana numa aparência político- religiosa única.
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