Etiópia


A bandeira da Etiópia, cujas cores verde, amarelo e vermelho, são representantativas também do movimento Rastafari. A cor verde representa a vegetação da África (simboliza ainda fertilidade, trabalho e desenvolvimento), a cor amarela a riqueza que o continente africano tem a oferecer (significa também a justiça e a igualdade) e a cor vermelha o sangue dos mártires (representa o sacrifício à liberdade. No centro da bandeira encontra-se o emblema do país (imagem ampliada ao lado) – um pentagrama amarelo com raios amarelos nos vértices, cuja cor azul representa a paz e a estrela representa a unidade das nações, das nacionalidades e dos povos da Etiópia.
O nome do país tem origem na palavra grega "aethiops" que significa "rosto queimado" e que designa à África Negra. Já o antigo nome Abissínia, em árabe, significa "comunidade reunida", por referência ao reinado da Abissínia que compreendeu a Etiópia atual, a Eritréia, a Somália e se estendia até a Núbia, no atual Sudão.
O sistema de governo baseia-se na repartição do poder entre nove regiões administrativas, delimitadas segundo critérios étnicos, e um Parlamento forte, integrado por uma câmara baixa com 548 representantes (Conselho de Representantes do Povo) e pelo Senado com 108 assentos (Conselho Federal). Os representantes do povo são eleitos por voto popular direto, enquanto que os senadores são designados pelas regiões administrativas.
O Presidente da República exerce funções mais protocolares, sendo designado por ambas as casas do Parlamento. O atual ocupante do cargo é Girma Wolde Giorgis, que substituiu Negaso Gidada, em outubro de 2001.
O Chefe do Governo e mandatário de fato, igualmente designado pelo Parlamento, é o Primeiro-Ministro, Mélès Zenawi, no poder desde agosto de 1995.
O Governo é dominado pela Frente Democrática Revolucionária Popular da Etiópia (EPRDF), coalizão de grupos rebeldes que assumiu o poder em 1991, após longo período de conflitos internos.
A Constituição, promulgada em agosto de 1995, formalizou o atual sistema de "federalismo étnico", concedendo, em teoria, ampla autonomia às regiões administrativas, inclusive o direito de votar pela secessão. Na prática, as regiões estão fortemente submetidas ao controle financeiro do governo central.
A importância da Etiópia no contexto da África cresce em razão de sua capital constituir a sede da União Africana, organismo regional que sucedeu, em 2001, à Organização da Unidade Africana, igualmente instalada em Addis Abeba, em 1961.
Na capital etíope, também se encontra a Comissão Econômica para a África e estão instaladas mais de 70 representações diplomáticas de países de todos os continentes. A Etiópia integra o COMESA – Mercado Comum da África Austral e Oriental, bem como a IGAD – Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento.
Secas periódicas assolam o país, mas dois terços das terras são férteis e a região tem muitos lagos. Cereais e café são as culturas predominantes. Ainda hoje o país sofre as conseqüências da longa guerra civil iniciada nos anos 60.
Na década de 80, o país é assolado por uma grande fome, provocada pela seca e pela guerrilha da província separatista da Eritréia (ex-província etíope), que conquista sua independência nos anos 90, fechando o acesso da Etiópia ao Mar Vermelho.
Em julho de 1977, a Etiópia é invadida pela Somália, que defende o separatismo de comunidades somalis no Deserto de Ogaden ou Ogadén. Veja mais em História da Etiópia!

Bandeira Nacional: as cores populares da Pan-African da Etiópia (amarela, verde e vermelha) são utilizadas também nas bandeiras nacionais de outros países: Benin, Burquina Fasso, Camarões, Congo, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Ruanda (antiga bandeira), São Tomé e Príncipe, Senegal e Togo.


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